segunda-feira, 30 de maio de 2011

Congonhas em greve!

Empregados da CSN entram em greve.


Insatisfeitos com as propostas de salário da empresa, empregados procuram uma solução de forma mais agressiva, após tantas negociações as propostas da empresa não é satisfatória. A inflação alta e os salários baixos estão gerando um descontentamento generalizado. Os trabalhadores já haviam paralisado por 8 horas a empresa no dia 6/5. A cada dia que passa a mobilização avança.
Com data-base em 1º de maio, os 2,5 mil operários da CSN na Casa de Pedra (há outros 2 mil trabalhadores terceirizados) exigem reajuste salarial de 15%, o que representa 8,7% de aumento real mais 6,3% de reposição da inflação medida em 12 meses pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE. Além disso, os trabalhadores querem R$ 400 no Cartão Alimentação e melhorias no programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Houve uma paralisação de advertência por 24 horas no dia 16 deste mês.
A companhia, oferecia inicialmente 6,3% de reajuste salarial, o que apenas repõe as perdas com a inflação. Na terça-feira, dia seguinte à paralisação de 24 horas, a CSN melhorou a proposta para 7,8% de reajuste e R$ 230 no Cartão Alimentação.
Bem, a proposta dos trabalhadores é bem aceitável levando em conta que no 1° trimestre desse ano a CSN viu seu lucro líquido subir 36%. Em 2010 a empresa obteve uma receita líquida de R$ 14,5 bi, 32% superior a 2009. Já o seu lucro bruto subiu 71%, alcançando R$ 6,8 bi no ano passado.
É acredito que a empresa tomará uma atitude urgente, pois esta comprometido seu perfeito produção diária de 60 mil toneladas de minério de ferro. Querendo ou não temos que admitir há um grande número de funcionários 'presos' dentro da empresa, e o mercado de funcionários está bem aquecido só não sabemos o certo se é o bastante para abastecer a CSN. Este é um dos medos dos trabalhadores que aderem a causa, Congonhas em peso apoiá a causa, "Congonhas vai embora, sobram apenas poluição, os buracos e salários baixos." é o que diz o panfleto distribuído divulgando o ato de apoio a greve ocorrido nesta segunda feira. 

sexta-feira, 30 de julho de 2010

NOSSO FUTURO

       Nosso futuro onde está?
É com essa pergunta q começo a primeira postagem,
nós a juventude devemos fazer algo por nossa cidade e naum adianta dizer q um só naum faz diferença, porque faz... E muita
se vc diminuisse o lixo de sua csa já é uma grande ajuda...
Apesar de q nossa cidade naum funciona bem assim!!!
Vc sabia q a CSN produz 20 Toneladas
de minerio por dia, e q é esperado almentar a produção á 70 toneladas por dia...
Se sua mãe reclama da poeira de sua casa agora imagine quando almentarem a produção...
Congonhas está indo... Continua indo para o
buraco...
Veja essa reportagem!!!

Mineração sufoca e depreda patrimônio natural e histórico de MG


Se por um momento os 12 profetas de Aleijadinho, postados há mais dois séculos no adro da Basílica Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, no fim da Serra da Moeda, ganhassem vida e pudessem fazer um pedido, não seria improvável que quisessem ter os seus olhos vendados. As estátuas, parte de um conjunto histórico formado pela igreja e por 12 capelas que reconstituem os passos da Paixão de Cristo na cidade, reconhecido pela Unesco como patrimônio cultural da humanidade, são testemunhas passivas da devastação do meio ambiente e do inchaço descontrolado de um município embaçados pelas nuvens de pó vermelho provenientes da exploração de minério de ferro.

Mas eles não estão sozinhos. Se também ganhassem vida, as serras mineiras mostrariam um semblante tão ou mais angustiado do que os profetas de pedra sabão do mestre do barroco brasileiro.

Esburacadas como queijo suíço pela mineração, as serras da Moeda, do Itatiaiuçu, da Piedade, do Rola Moça, do Gandarela e da Ferrugem abrigam cidades encardidas (veja mapa e problemas das serras na página 17) .

Ao contrário da expectativa de melhoria de qualidade de vida, alimentada pelo anúncio de cifras bilionárias de investimentos, a maior parte das cidades que abrigam esse tipo de atividade continua pobre. Entre os 306 municípios mineradores no estado, apenas 40 concentram 80% da arrecadação com a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem). Municípios como Jeceaba, na Região Central, vizinho de Congonhas, recebem R$ 20,58 ao ano a título de royalty do minério. No fim de 2009, um abaixo assinado por 600 habitantes da cidade protestava contra a construção de duas barragens de rejeitos no município. Elas integram o projeto da Ferrous, em Congonhas, para a produção de 15 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano.

Em fevereiro, a arrecadação total de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) em Minas Gerais foi de R$ 1,87 bilhão. A mineração ficou em 10º lugar, com R$ 7,2 milhões. A baixa arrecadação é fruto da exportação de minério bruto, que sai direto da mineradora para o porto, sem beneficiamento no estado. No primeiro trimestre, a extração de minério respondeu por 26,71% do total exportado pelo estado. No que diz respeito à criação de empregos, a situação não é muito mais animadora. Levantamento feito pela Fundação João Pinheiro (FJP) a partir de dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que em fevereiro deste ano a mineração respondia por 1,09% do total de empregos no estado. O dado não leva em conta os empregos indiretos da cadeia mineral.

Em muitos casos, além disso, a população mal vê a cor do dinheiro porque faltam políticas públicas adequadas e fiscalização na hora de aplicá-las. A expectativa de desenvolvimento rápido tropeça na falta de infra-estrutura básica para receber os investimentos do setor. O resultado são problemas de trânsito semelhantes aos das grandes metrópoles, aumento vultuoso da violência, chegada da prostituição, favelização, doenças, colapso no sistema de saúde, disparada dos preços dos aluguéis, destruição do patrimônio ambiental, histórico e artístico. Para não falar da mudança radical de sua vocação econômica. A situação tende a piorar ainda mais por causa da elevação da demanda pelo minério no mercado global, o que aumenta o apetite de empresas de capital nacional e internacional no segmento.

Em Congonhas, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), única entre as grandes a ter capital exclusivamente nacional, vai investir R$ 9,5 bilhões na ampliação da produção da mina Casa de Pedra – de 16 milhões para 55 milhões de toneladas dentro de cinco anos –, na instalação de uma unidade de transformação do minério de ferro em pelotas de minério (pelotização) e na construção de uma nova siderúrgica. Em 2009, a população estimada da cidade eram de 48 mil habitantes, mas a expectativa é que irá dobrar de volume nos próximos cinco anos em razão dos investimentos anunciados. Estima-se que, hoje, os habitantes flutuantes do município já somam cerca de 15 mil pessoas.

É entre 6h e 7h da manhã que um dos efeitos danosos do aumento populacional começa a se fazer sentir na cidade. “Nesse horário, é impossível trafegar na Avenida Júlia Kubitschek (a principal de Congonhas). Às 18h, quem chega gasta uma hora para percorrer um trecho de 2 quilômetros que vai do trevo ao centro ”, reclama Gualter Monteiro, dono da imobiliária Imgel e ex-prefeito da cidade por três mandatos. O disparate entre o valor anunciado dos investimentos e seus efeitos negativos para o município podem ser resumidos numa frase do promotor Luciano Badini, coordenador do centro de apoio do meio ambiente do Ministério Público Estadual. “Só a expansão da mina e a construção da planta de pelotização já são suficientes para transformar Congonhas numa nova Cubatão”, sustenta, referindo-se à cidade paulista que era símbolo de poluição.

Na chuva, lama. Na seca, poeira

A caminho de Belo Vale, também na Serra da Moeda, as montanhas estão entrecortadas por uma paisagem lunar devido à exploração do minério. Há cerca de dois anos, um trecho do rodovia 442, que liga a cidade à BR -040, foi assoreado pelos rejeitos de minério da empresa Minas do Itacolomi e a estrada foi interrompida. A construção de um desvio, de terra batida, não devolveu a normalidade ao trecho, por onde carretas e caminhões pesados trafegam incessantemente. Hoje, duas grandes mineradoras atuam na região Vale e CSN. Sem contar as de menor porte, que produzem minério para vender para as gigantes. A 442 é uma rodovia íngreme e cheia de curvas perigosas.

“Quando chove tem lama, quando está seco, tem muita poeira. As carretas de minério trafegam mal enlonadas. Isso quando há lona. E a maior parte dos carros que passam frequentemente por aqui têm os parabrisas trincados pelas pedrinhas de minério”, diz Glória Maia, da Associação do Patrimônio Histórico, Ambiental e Artístico de Belo Vale.

Em Caeté, na Serra do Gandarela, o projeto Apolo, da Vale, mexe com as expectativas da comunidade, principalmente por causa da perspectiva de desenvolvimento econômico. A cidade ficou marcada pela decadência, depois que a antiga Ferro Brasileira fechou as portas na cidade, no início dos anos 1990. Agora, o comércio já registra aumento de vendas como efeito da chegada da companhia. E no setor de serviços, alguns restaurantes comemoram o movimento maior por causa dos empregados das empreiteiras contratadas pela Vale. No restaurante Fogão a Lenha, de três meses para cá o movimento aumentou 40% e o número de pessoas atendidas nas firmas que prestam serviço à companhia aumentou de 300 para 500. Mas esse é só um lado da moeda.

“A empresa está chegando, mas Caeté, como todos os municípios do estado, não tem planejamento urbano ou rural”, diz Ademir Martins Bento, representante do Movimento Artístico, Cultural e Ambiental de Caeté (Macaca). A cidade tem 40 mil habitantes e espera receber cerca de 4 mil trabalhadores indiretos durante a construção da planta da mina. “Isso pressiona os preços da moradia. Além disso, a estrutura de saúde em Caeté andou delicadíssima nos últimos anos. A Santa Casa está fecha não fecha.” De acordo com ele, o poder público municipal aposta na chegada da Vale como uma espécie de salvação. “Mas isso não está escrito no papel”, observa.

Será q existe salvação? Será q podemos consequir a auto Sustentabilidadii...

EU acho q NAUMM.........